Envelhecendo

domingo, 21 de novembro de 2010

Direitos dos Idosos

Principios das Nações Unidas para o Idoso
Resolução 46/91 - Aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas 16/12/1991

Independência:                                                                                                
- Ter acesso à alimentação, à água, à habitação, ao vestuário, à saúde, a apoio familiar e comunitário.
- Ter oportunidade de trabalhar ou ter acesso a outras formas de geração de rendimentos.
- Poder determinar em que momento se deve afastar do mercado de trabalho.
- Ter acesso à educação permanente e a programas de qualificação e requalificação profissional.
- Poder viver em ambientes seguros adaptáveis à sua preferência pessoal, que sejam passíveis de  mudanças.
- Poder viver em sua casa pelo tempo que for viável.

Participação:
- Permanecer integrado na sociedade, participar activamente na formulação e implementação de políticas que afectam directamente o seu bem-estar e transmitir aos mais jovens conhecimentos e habilidades.
- Aproveitar as oportunidades para prestar serviços à comunidade, trabalhando como voluntário, de acordo com seus interesses e capacidades
- Poder formar movimentos ou associações de idosos.

Assistência:
-  Beneficiar da assistência e protecção da família e da comunidade, de acordo com os seus valores culturais.
 - Ter acesso à assistência médica para manter ou adquirir o bem-estar físico, mental e emocional, prevenindo a incidência de doenças.
 - Ter acesso a meios apropriados de atenção institucional que lhe proporcionem protecção, reabilitação, estimulação mental e desenvolvimento social, num ambiente humano e seguro.
- Ter acesso a serviços sociais e jurídicos que lhe assegurem melhores níveis de autonomia, protecção e assistência.
- Desfrutar os direitos e liberdades fundamentais, quando residente em instituições que lhe proporcionem os cuidados necessários, respeitando-o na sua dignidade, crença e intimidade. Deve desfrutar ainda do direito de tomar decisões quanto à assistência prestada pela instituição e à qualidade da sua vida.

Auto-realização:
- Aproveitar as oportunidades para o total desenvolvimento das suas potencialidades.
- Ter acesso aos recursos educacionais, culturais, espirituais e de lazer da sociedade.

Dignidade:
- Poder viver com dignidade e segurança, sem ser objecto de exploração e maus-tratos físicos e/ou mentais.
- Ser tratado com justiça, independentemente da idade, sexo, raça, etnia, deficiências, condições económicas ou outros factores

O processo de envelhecimento

O processo de envelhecimento

Cuidados ao idoso - Banho

Cuidados ao idoso - Mobilidade

Cuidados ao idoso - Vestir e despir

Propostas de Actividades a desenvolver com população sénior

 

Instituto
PIAGET
Campus Universitário de Viseu
Escola Superior de Educação Jean Piaget de Viseu
Listagem de Actividades
Idosos em Lar/Centro de Dia 
Idosos em instituição de Saúde 
Idosos no Domicilio 
Acções de sensibilização Acções de sensibilização Acções de sensibilização 
Desenho Desenho Desenho 
Corte Jogo das diferenças Corte 
Tapeçaria Jogo dos Sinónimos Tapeçaria 
Bordados Jogo dos Antónimos Bordados 
Pintura Pintura Pintura 
Jogos de confiança Jogos de confiança Jogos de confiança 
Jogos de mesa (Xadrez, Dominó, cartas)Jogos de mesa (Xadrez, Dominó, cartas) Jogos de mesa (Xadrez, Dominó, cartas) 
Jogo das diferenças Puzzle Jogo das diferenças 
Jogo dos Sinónimos Histórias e contos populares Jogo dos Sinónimos 
Jogos populares (malha, petanca)Poemas, Rimas, Anedotas Jogo dos Antónimos 
Puzzle Renda Puzzle 
Derrubar Garrafas Costura Renda
Jogo dos sons Leitura e comentário de livros e jornais Leitura e comentário de livros e jornais
DançaPuzzleCostura
Histórias e contos populares Histórias e contos populares
Poemas, Rimas, Anedotas Poemas, Rimas, Anedotas 
Passeios Passeios 
Jardinagem Jardinagem 
Jogo dos AntónimosJogo dos sons
Tarefas agrícolas Jogo das diferenças 
Renda Jogo dos Sinónimos 
Costura Culinária
Carpintaria Jogo dos Antónimos
Visionamento de filmes Puzzle 
Leitura e comentário de livros e jornais Exercícios de motricidade
Jogo das diferenças Jogo dos sons 
Jogo dos Sinónimos 
Jogo dos Antónimos 
Puzzle 
Derrubar Garrafas 
Jogo dos sons 
Ginástica 



Público Alvo: Idosos internados em instituição de saúde

Descrição da Actividade 
Local
Objectivos 
Material Necessário 
Executantes 
Duração 
"Debates"

Haverá a leitura do jornal, em que se debaterá temas da actualidade 
Sala de convívio da instituição ou quarto do idoso Ouvir os idosos, informar e esclarecer as dúvidas dos mesmos, assim como, desenvolver as suas capacidades cognitivas (pensamento, atenção, concentração, etc). *Jornais da região*Animador/a Sociocultural
e/ou Técnico/a de Gerontologia


*Idosos
3H 
"Acção de Sensibilização"

Actividade de sensibilização sobre "Cuidados de Higiene" 
Sala de convívio da instituição ou quarto do idoso Sensibilizar os idosos para os cuidados de higiene que devem ter para evitarem problemas de saúde e psíquicos.*Panfletos acerca dos cuidados de higiene
*Dvd
*Televisão 
*Animador/a Sociocultural
e/ou Técnico/a de Gerontologia


*Idosos
1H
"A hora do conto"


Actividade em que se lerá um pequeno excerto de um texto e interpretá-lo 
Sala de convívio da instituição ou quarto do idoso Desenvolver as capacidades cognitivas, nomeadamente o pensamento, atenção, concentração e memória. *Livro de contos*Animador/a Sociocultural e/ou Técnico/a de Gerontologia


*Idosos
2H
"Terapia de Grupo"


Conversas com os idosos 
Sala de convívio da instituição ou quarto do idoso Aprofundar o conhecimento do "eu"


Aprendizagem de estratégias para lidar com os problemas do dia à dia.
*Cadeiras*Animador/a Sociocultural
e/ou Técnico/a de Gerontologia


*Idosos
3H




Público Alvo: Idosos do lar/centro de dia
Descrição da Actividade 
Local
Objectivos 
Material Necessário 
Executantes 
Duração 
"Expressão Plástica"


Decoração de peças de cerâmica, pratos, chávenas, bules
Sala de actividades da Instituição<> 
Desenvolver as capacidades cognitivas, assim como, a motricidade fina.
*Peças de Cerâmica
*Pincéis
*Tintas várias cores
*Paletas
*Animador/a Sociocultural
e/ou Técnico/a de Gerontologia


*Idosos

 
3H 
"Hidroginástica"


Os idosos irão à piscina para uma aula de hidroginástica
 
Piscinas MunicipaisPraticar exercício físico para melhorar as suas capacidades físicas, cognitivas e emocionais.

*Animador/a Sociocultural
e/ou Técnico/a de Gerontologia


*Idosos
2H
"Actividade Física"

Salão Polivalente da Instituição
Praticar exercício físico para melhorar as suas capacidades físicas, cognitivas e emocionais.

 
*Bolas
*Arcos
*Elásticos 
*Animador/a Sociocultural
e/ou Técnico/a de Gerontologia


*Idosos
1H
"Visita aos utentes do lar"


Alguns utentes mais autónomos do SAD, vão passar o dia no lar
Sala de Convívio do larAumentar a auto-estima e a auto-valorização dos idosos. Convívio com outros idosos, promovendo a socialização e evitando o isolamento, a tristeza e a depressão.
Proporcionar um dia diferente.
*Animador/a Sociocultural
e/ou Técnico/a de Gerontologia


*Idosos
6H



 Público Alvo: Idosos em apoio domiciliário


Descrição da Actividade 
Local
Objectivos 
Material Necessário 
Executantes 
Duração 
"Expressão Plástica"


Realização alguns trabalhos para exposição e venda (sacas em serapilheira) pintura de anjinhos)

 
Domicilio do idoso
Desenvolver as capacidades cognitivas, assim como, a motricidade fina.
*Anjos de Cerâmica
*Pincéis
*Tintas várias cores
*Paletas
*Serapilheira
*Linhas
*Agulhas
*Animador/a Sociocultural
e/ou Técnico/a de Gerontologia


*Idosos
3H 
"Acção de Sensibilização"

<> 
"Ideias para poupar em casa"  
Domicilio do idosoPrevenir os idosos com algumas sugestões para a contenção de gastos.

*Panfletos*Animador/a Sociocultural
e/ou Técnico/a de Gerontologia


*Idosos
2H 
"Expressão Plástica"

Realização de galinhas em ráfia
 
Domicilio do idosoDesenvolver as capacidades cognitivas, assim como, a motricidade fina. *Ráfia de várias cores
*Cola
*Cartão
*Tesoura 
*Animador/a Sociocultural
e/ou Técnico/a de Gerontologia


*Idosos
1H 
"Expressão Plástica"

Construção de arranjos florais em esferovite
 
Domicilio do idosoDesenvolver as capacidades cognitivas, assim como, a motricidade fina. *Esferovite
* Flores Secas 
*Animador/a Sociocultural
e/ou Técnico/a de Gerontologia


*Idosos
6H 

 Elaborado por Sara Oliveira

terça-feira, 16 de novembro de 2010

CET - Técnicas de Gerontologia

Fundamentos e Objectivos
Numa sociedade cada vez mais envelhecida, a preparação específica para a intervenção nesta área torna-se cada vez mais importante e pertinente. Deste modo, a resposta a esta solicitação social é, para além de uma ferramenta profissional e profissionalizante, uma resposta às necessidades, bem como a adequação às novas exigências.
As competências ao nível da organização do tempo e espaço, da gestão global, do acompanhamento psicossocial, da identificação e orientação de casos que revelam cuidados diferenciados são objectivos prioritários para garantir a tal exigida prestação de serviços de qualidade, bem como da satisfação das necessidades individuais e colectivas de uma população de idosos.

Perfil profissional
O Técnico em Gerontologia é um profissional que, de forma autónoma ou sob orientação, actua e intervém em centros de dia, lares ou residências de terceira idade, redes e sistemas de apoio domiciliário criados como resposta para a realidade do envelhecimento demográfico da nossa população.

Referencial de competências
Gerir centros de dia, lares ou residências de terceira idade, redes e sistemas de apoio domiciliário;
Saber organizar espaços, construir um sistema administrativo e fazer planeamento;
Gerir o tempo, recursos humanos e também os recursos materiais e financeiros;
Saber prestar acompanhamento e cuidados psicossociais a idosos;
Ter conhecimentos sobre o desenvolvimento do ser humano ao longo do ciclo vital, com ênfase na etapa da velhice;
Ter conhecimentos sobre aspectos que facilitam um envelhecimento bem-sucedido;
Conceber e aplicar programas de estimulação cognitiva e desenvolvimento do Eu;
Saber dar apoio psicossocial.

Há dias...

Hoje parecia que o dia nunca mais tinha fim!
Cheguei à instituição onde trabalho, e soube que tinha falecido um senhor, muito meu amigo e participante activo nas minhas actividades diárias de animação.
O dia de repente ficou escuro, e eu senti-me triste e desamparada pelo que tinha acontecido..
Ainda mal o dia tinha começado, e logo com muito mal começo eis que me deparo com outra situação. Ia eu a passar para ir tirar umas fotocópias, e um senhor que estava sentado num banco inclina-se demasiado para a frente, eu viro-me imediatamente para trás mas já não o consegui apanhar, acabando o senhor por cair no chão e por fazer uma ferida no nariz! Fiquei cheia de raiva de não ter conseguido chegar a tempo, e por o ver cair ali,mesmo ao meu lado com a cara no chão. Uma manhã terrivel, e ainda eu mal sabia o que me estava para acontecer. Ao final da tarde, já estava na minha hora de saída, fechei a porta do gabinete e mal me viro deparo-me com duas senhoras a agredirem-se mutuamente com tudo o que tinham ao seu alcance, ficaram as duas com marcas da agressão, uma com a cabeça partida e outra com o nariz!
Perante isto resta-me dizer que há dias em que nos sentimos pequeninos e tão fraquinhos para poder travar certas adversidades que se atravessam no nosso caminho.
Sara

Mensagem de um Idoso

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Doenças geriátricas

 
 
 
 O envelhecimento faz parte natural do ciclo da vida. É, pois, desejável que constitua uma oportunidade para viver de forma saudável, autónoma e independente, o maior tempo possível.
O envelhecimento deve ser pensado ao longo da vida. O ideal é, desde cedo, ter uma atitude preventiva e promotora da saúde e da autonomia na velhice.
A prática de actividade física moderada e regular, uma alimentação saudável, não fumar, o consumo moderado de álcool e a participação na sociedade são factores que contribuem para a qualidade de vida em todas as idades e, em particular, no processo de envelhecimento.
O sistema de saúde dispõe, numa perspectiva individual, de uma rede de prestação de cuidados de saúde (com serviços integrados, centrados em equipas multidisciplinares e com recursos humanos devidamente formados), com uma componente de recuperação global e de acompanhamento das pessoas idosas, designadamente através da rede de cuidados continuados, que, por sua vez, integram cuidados de longa duração.
Uma boa saúde é essencial para que as pessoas mais idosas possam manter uma qualidade de vida aceitável e possam continuar a assegurar os seus contributos na sociedade. Pessoas idosas activas e saudáveis, para além de se manterem autónomas, constituem um importante recurso para as suas famílias, comunidades e até para a economia do país.
Porém, nem sempre é possível viver o envelhecimento em plena saúde. A maioria das pessoas chega a idosa com doenças crónicas e não transmissíveis. As patologias incapacitantes mais frequentes nas pessoas idosas são as fracturas, incontinência, perturbações do sono, perturbações ligadas à sexualidade, perturbações de memória, demência (nomeadamente doença de Alzheimer, doença de Parkinson), problemas auditivos, visuais, de comunicação e da fala.
Mas isso não significa, necessariamente, que se tornem incapazes de lidar com a sua evolução ou que não possam prevenir o aparecimento de complicações.

O que são doenças geriátricas?

Algumas doenças, denominadas, por vezes, de síndromas ou doenças geriátricas, apresentam-se quase exclusivamente em adultos de idade avançada.
Também se incluem nas perturbações geriátricas aquelas que afectam os indivíduos de todas as idades, mas que na velhice são mais frequentes ou mais graves ou que causam sintomas ou complicações diferentes.
A geriatria é a especialidade médica que se ocupa das pessoas de idade avançada e das doenças de que sofrem.
Não há uma idade específica que determine a velhice, contudo, para efeitos de estudos, estatísticas, etc. consideram-se pessoas idosas as que têm mais de 65 anos, por ser a idade habitual da reforma

Um Livro que vale a pena ter..

A depressão

O que é a depressão?
A depressão é uma doença mental que se caracteriza por tristeza mais marcada ou prolongada, perda de interesse por actividades habitualmente sentidas como agradáveis e perda de energia ou cansaço fácil.
Ter sentimentos depressivos é comum, sobretudo após experiências ou situações que nos afectam de forma negativa. No entanto, se os sintomas se agravam e perduram por mais de duas semanas consecutivas, convém começar a pensar em procurar ajuda.
A depressão pode afectar pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade, e se não for tratada, pode conduzir ao suicídio, uma consequência frequente da depressão. Estima-se que esta doença esteja associada à perda de 850 mil vidas por ano, mais de 1200 mortes em Portugal.
A depressão pode ser episódica, recorrente ou crónica, e conduz à diminuição substancial da capacidade do indivíduo em assegurar as suas responsabilidades do dia-a-dia. A depressão pode durar de alguns meses a alguns anos. Contudo, em cerca de 20 por cento dos casos torna-se uma doença crónica sem remissão. Estes casos devem-se, fundamentalmente, à falta de tratamento adequado.
A depressão é mais comum nas mulheres do que nos homens: um estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde, em 2000, mostrou que a prevalência de episódios de depressão unipolar é de 1,9 por cento nos homens e de 3,2 por cento nas mulheres.

Quais são os factores de risco?
  • Pessoas com episódios de depressão no passado;
  • Pessoas com história familiar de depressão;
  • Pessoas do género feminino – a depressão é mais frequente nas mulheres, ao longo de toda a vida, mas em especial durante a adolescência, no primeiro ano após o parto, menopausa e pós-menopausa;
  • Pessoas que sofrem um qualquer tipo de perda significativa, mais habitualmente a perda de alguém próximo;
  • Pessoas com doenças crónicas - sofrendo do coração, com hipertensão, com asma, com diabetes, com história de tromboses, com artroses e outras doenças reumáticas, SIDA, fibromialgia, cancro e outras doenças;
  • Pessoas que coabitam com um familiar portador de doença grave e crónica (por exemplo, pessoas que cuidam de doentes com Alzheimer);
  • Pessoas com tendência para ansiedade e pânico;
  • Pessoas com profissões geradoras de stress ou em circunstâncias de vida que causem stress;
  • Pessoas com dependência de substâncias químicas (drogas) e álcool;
  • Pessoas idosas.
É possível prevenir a depressão?
Como em todas as doenças, a prevenção é sempre a melhor abordagem, designadamente para as pessoas em situação de risco, pois permite a intervenção precoce de profissionais de saúde e impede o agravamento dos sintomas.
Se sofre de ansiedade e/ou ataques de pânico, não hesite em procurar ajuda médica especializada, pois muitas vezes são os primeiros sintomas de uma depressão.
Se apresenta queixas físicas sem que os exames de diagnóstico encontrem uma explicação então aborde o assunto com o seu médico assistente.

Quais são os sintomas da depressão?
A depressão diferencia-se das normais mudanças de humor pela gravidade e permanência dos sintomas. Está associada, muitas vezes, a ansiedade e/ou pânico.
Os sintomas mais comuns são:
  • Modificação do apetite (falta ou excesso de apetite);
  • Perturbações do sono (sonolência ou insónia);
  • Fadiga, cansaço e perda de energia;
  • Sentimentos de inutilidade, de falta de confiança e de auto-estima, sentimentos de culpa e sentimento de incapacidade;
  • Falta ou alterações da concentração;
  • Preocupação com o sentido da vida e com a morte;
  • Desinteresse, apatia e tristeza;
  • Alterações do desejo sexual;
  • Irritabilidade;
  • Manifestação de sintomas físicos, como dor muscular, dor abdominal, enjoo.
Quais são as causas da depressão?
As causas diferem muito de pessoa para pessoa. Porém, é possível afirmar-se que há factores que influenciam o aparecimento e a permanência de episódios depressivos. Por exemplo, condições de vida adversas, o divórcio, a perda de um ente querido, o desemprego, a incapacidade em lidar com determinadas situações ou em ultrapassar obstáculos, etc.
Determinar qual o factor ou os factores que desencadearam a crise depressiva pode ser importante, pois para o doente poderá ser vantajoso aprender a evitar ou a lidar com esse factor durante o tratamento.
Algumas doenças podem provocar ou facilitar a ocorrência de episódios depressivos ou a evolução para depressão crónica. São exemplo as doenças infecciosas, a doença de Parkinson, o cancro, outras doenças mentais, doenças hormonais, a dependência de substâncias como o álcool, entre outras. O mesmo pode suceder com certos medicamentos, como os corticóides, alguns anti-hipertensivos, alguns imunossupressores, alguns citostáticos, medicamentos de terapêutica hormonal de substituição, e neurolépticos clássicos, entre outros. 

Como se diagnostica a depressão?
Pela avaliação clínica do doente, designadamente pela identificação, enumeração e curso dos sintomas bem como pela presença de doenças de que padeça e de medicação que possa estar a tomar.
Não existem meios complementares de diagnóstico específicos para a depressão, e a bem da verdade, tão pouco são necessários: o diagnóstico clínico é fácil e bastante preciso.
Dirija-se sempre ao seu médico de família ou clínico geral: estes médicos podem reconhecer a presença da doença, e caso considerem necessário, podem contactar com um médico psiquiatra para esclarecimento do diagnóstico e para orientação terapêutica (o medicamento a usar, a dose, a duração, a resposta esperável face ao tipo de pessoa, a indicação para um tipo específico de psicoterapia, a necessidade de outros tipos de intervenção, etc.).

Como se trata a depressão?
Normalmente, através do uso de medicamentos, de intervenções psicoterapêuticas, ou da conjugação de ambas.
As intervenções psicoterapêuticas são particularmente úteis nas situações ligeiras e reactivas às adversidades da vida bem como em associação com medicamentos nas situações moderadas e graves. A decisão de iniciar uma psicoterapia deve ser sempre debatida com o seu médico: a oferta de serviços é grande, não é auto-regulada, e é difícil a pessoa deprimida conseguir escolher o que mais lhe convém sem ajuda médica.
Os medicamentos usados no tratamento das depressões são designados por antidepressivos. Estes medicamentos são a pedra basilar do tratamento das depressões moderadas e graves e das depressões crónicas, podendo ser úteis nas depressões ligeiras e não criam habituação nem alteram a personalidade da pessoa. Com a evolução da ciência e da farmacologia, estes medicamentos são cada vez mais eficazes no controlo e tratamento da depressão, nomeadamente por interferência com a acção de neurotransmissores, como a serotonina e a noradrenalina, no hipotálamo, a zona do cérebro responsável pelo humor (emoções).
Se o médico lhe prescrever medicamentos antidepressivos, siga as suas indicações e nunca pare o tratamento sem lhe comunicar as razões. Estes medicamentos não têm efeito imediato: pode demorar algumas semanas, 4 a 6, até começar a sentir-se melhor. O tratamento dura no mínimo quatro a seis meses. 

Doença de Alzheimer


O que é a doença de Alzheimer?
A doença de Alzheimer é uma doença do cérebro (morte das células cerebrais e consequente atrofia do cérebro), progressiva, irreversível e com causas e tratamento ainda desconhecidos. Começa por atingir a memória e, progressivamente, as outras funções mentais, acabando por determinar a completa ausência de autonomia dos doentes. 
Os doentes de Alzheimer tornam-se incapazes de realizar a mais pequena tarefa, deixam de reconhecer os rostos familiares, ficam incontinentes e acabam, quase sempre, acamados.
É uma doença muito relacionada com a idade, afectando as pessoas com mais de 50 anos. A estimativa de vida para os pacientes situa-se entre os 2 e os 15 anos.

Qual é a causa da doença de Alzheimer?
A causa da doença de Alzheimer ainda não está determinada.
No entanto, é aceite pela comunidade científica que se trata de uma doença geneticamente determinada, embora não seja necessariamente hereditária. Isto é, não implica que se transmita entre familiares, nomeadamente de pais para filhos.

Como se faz o diagnóstico?
Não há nenhum exame que permita diagnosticar, de modo inquestionável, a doença. A única forma de o fazer é examinando o tecido cerebral obtido por uma biopsia ou necrópsia.
Assim, o diagnóstico da doença de Alzheimer faz-se pela exclusão de outras causas de demência, pela análise do historial do paciente, por análises ao sangue, tomografia ou ressonância, entre outros exames.
Existem também alguns marcadores, identificados a partir de exame ao sangue, cujos resultados podem indicar probabilidades de o paciente vir a ter a doença de Alzheimer.

Quais são os sintomas da doença de Alzheimer?
Ao princípio observam-se pequenos esquecimentos, perdas de memória, normalmente aceites pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos e, por vezes, agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta. Acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho.
À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as actividades elementares do quotidiano, como alimentação, higiene, vestuário, etc.

Qual é o tratamento adequado?
A doença de Alzheimer não tem cura e, no seu tratamento, há que atender a duas variáveis:
  • Ao tratamento dos aspectos comportamentais. Nesta vertente, além da medicação, convém também contar com orientação de diferentes profissionais de saúde;
  • Ao tratamento dos desequilíbrios químicos que ocorrem no cérebro. Há medicação que ajuda a corrigir esses desequilíbrios e que é mais eficaz na fase inicial da doença, mas, infelizmente, tem efeito temporário. Por enquanto, não há ainda medicação que impeça a doença de continuar a progredir

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Envelhecimento..


O envelhecimento faz parte natural do ciclo da vida. É, pois, desejável que constitua uma oportunidade para viver de forma saudável, autónoma e independente, o maior tempo possível.
O envelhecimento deve ser pensado ao longo da vida. O ideal é, desde cedo, ter uma atitude preventiva e promotora da saúde e da autonomia na velhice.
A prática de actividade física moderada e regular, uma alimentação saudável, não fumar, o consumo moderado de álcool e a participação na sociedade são factores que contribuem para a qualidade de vida em todas as idades e, em particular, no processo de envelhecimento.
O sistema de saúde dispõe, numa perspectiva individual, de uma rede de prestação de cuidados de saúde (com serviços integrados, centrados em equipas multidisciplinares e com recursos humanos devidamente formados), com uma componente de recuperação global e de acompanhamento das pessoas idosas, designadamente através da rede de cuidados continuados, que, por sua vez, integram cuidados de longa duração.
Uma boa saúde é essencial para que as pessoas mais idosas possam manter uma qualidade de vida aceitável e possam continuar a assegurar os seus contributos na sociedade. Pessoas idosas activas e saudáveis, para além de se manterem autónomas, constituem um importante recurso para as suas famílias, comunidades e até para a economia do país.
Porém, nem sempre é possível viver o envelhecimento em plena saúde. A maioria das pessoas chega a idosa com doenças crónicas e não transmissíveis. As patologias incapacitantes mais frequentes nas pessoas idosas são as fracturas, incontinência, perturbações do sono, perturbações ligadas à sexualidade, perturbações de memória, demência (nomeadamente doença de Alzheimer, doença de Parkinson), problemas auditivos, visuais, de comunicação e da fala.
Mas isso não significa, necessariamente, que se tornem incapazes de lidar com a sua evolução ou que não possam prevenir o aparecimento de complicações. (Portal da Saúde)

Dá que pensar...

O que é a Gerontologia?

 A Gerontologia (do grego gero = envelhecimento + logia = estudo) é a ciência que estuda o processo de envelhecimento em suas dimensões biológica, psicológica e social, isto é trata-se de um campo multi e interdisciplinar que visa à descrição e à explicação das mudanças típicas do processo de envelhecimento e de seus determinantes genético-biológicos, psicológicos e socioculturais.

O que é a Animação Sociocultural?

"A Animação Sociocultural é um conjunto de práticas sociais que têm como finalidade estimular a iniciativa, bem como a participação das comunidades no processo do seu próprio desenvolvimento e na dinâmica global da vida sócio-política em que estão integrados." (UNESCO)